
Como uma marca pode ser humana e utilizar Inteligência Artificial ao mesmo tempo?
O “novo normal” do mundo do Marketing, das mídias sociais e das marcas é a palavra humanização.
Com o avanço do Youtube, que é um dos maiores responsáveis por impulsionar as marcas pessoais, as marcas ganharam novos significados e estão conquistando espaços jamais vistos antes.
Agora, com a evolução do marketing, assim como Philip Kotler cita no livro “Marketing 5.0: Tecnologia para a humanidade”, a Inteligência Artificial chega para unir o lado criativo (o ser humano) e um conjunto de dados acumulados de acordo com o comportamento do, também, ser humano.
Entre esses dois personagens, está a humanização de marcas. E assim, ficamos com a pergunta: Será possível humanizar uma marca em tempos de Inteligência Artificial?
O que é inteligência Artificial?
Segundo a escola de Inteligência Artificial, FIA, inteligência artificial é o ramo das ciências computacionais aplicadas cujo foco é desenvolver sistemas que emulam o raciocínio humano para resolução de problemas.
Há muitos exemplos de inteligência artificial para ilustrar isso, mas provavelmente você deve ter pensado em alguma IA generativa, como ChatGPT ou Gemini.
Acontece que a inteligência artificial é muito mais do que bots de conversação.
“Artificial”, segundo o dicionário Michaelis, é algo que foi “produzido por arte ou indústria do homem e não por causas naturais”.
Já inteligência é a “faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar”.
Ou o “conjunto de funções mentais que facilitam o entendimento das coisas e dos fatos”.
Enfim, a inteligência artificial é desenvolvida para que os dispositivos criados pelo homem possam desempenhar determinadas funções sem a interferência humana.
Mas Marcos, como elas foram criadas para não terem uma interferência humana se nós podemos utilizar o ChatGPT, por exemplo?
Essas são as Inteligências Artificiais Generativas, aquelas que geram insights sobre os dados armazenados e que precisam ser “ativadas” para cada vez mais absorver informações para entregar, por exemplo, insights para novos nomes de campanha, meu caro Social Media.
Agora que entendemos um pouquinho mais sobre o que são Inteligências Artificiais generativas, vamos entender como elas podem ser utilizadas para auxiliar na humanização de uma marca.
Por que estamos humanizando conteúdo através das IA’s?
Além do olhar de Social Media, precisamos ter um olhar para o marketing como um todo.
A humanização do conteúdo feito por Inteligência Artificial é essencial para se destacar nos buscadores e diferenciar-se dos concorrentes, uma demanda ampliada pelas atualizações do Google desde 2022. Além disso, essa prática fortalece a conexão entre as pessoas e, principalmente, seu público-alvo, impulsionando a conversão ao criar conteúdo mais relevante e engajador.
Mesmo assim, o Google criou o Google Helpful Content, que traz o conceito de “as pessoas em primeiro lugar”.
Tudo isso, porque a empresa quer priorizar os conteúdos criados por humanos e para humanos, facilitando ainda mais a interação por quem recebe a informação.
Como resultado, há uma expectativa de redução de 40% no conteúdo de baixa qualidade e não original nos resultados de pesquisa, com vários sites já sendo afetados e completamente desindexados.
Inteligência Artificial vs Humanos: Quem vence?
Quando olhamos para essa pergunta, a resposta pode ser bem simples: um é muito mais rápido, e o outro muito mais assertivo (quando se está com o olhar e os dados nas mãos, como no caso do Social Media).
Por que afirmo isso? 9 entre os 10 profissionais de marca, gestores de empresas e profissionais de marketing, enxergam conteúdos criados pela inteligência artificial de longe.
Mas a pior parte é que 9 entre 10 de cada um dos citados, ainda insistem em fazer esses conteúdos mesmo assim.
Em uma pesquisa conduzida pelo especialista em Marketing Neil Patel com um número considerável de profissionais da área, 14,8% deles acreditam que as questões legais e éticas podem ser arriscadas na produção de conteúdos exclusivamente por IA.
E isso implica em menos credibilidade e, muito menos, identificação por parte das pessoas que estão do outro lado das telas.
Esse texto é uma prova disso, se ele tivesse sido escrito por um IA, bem provável que você poderia ter encontrado ele, mas você não estaria lendo até aqui, por conta de uma linguagem muito formal e com termos difíceis de serem explicadas.
Mas, ao mesmo tempo, você pode estar se perguntando: “mas e se eu misturar as ideias dadas pelo ChatGPt com os dados que eu tenho em mãos e entregar um conteúdo mesmo assim?”
É aqui que o jogo começa a mudar.
Por mais que tenhamos diversos dados nas mãos é muito difícil bater um super computador que despeja informações específicas em menos de 30 segundos.
Por isso, sempre olhe para a Inteligência Artificial, Social Media, como um “amigo super inteligente”, e nunca como um funcionário/colaborador (sim, nem como colaborador)
Porque isso vai te fazer ter muita informação, dentro do Instagram, por exemplo, que vai ser compartilhada em cima do compilado de uma monte de coisas já feitas antes.
Ou seja, muito conteúdo sem autenticidade e genérico. Você deseja cair nessa frase que já deixei aqui antes: “as questões legais e éticas podem ser arriscadas na produção de conteúdos exclusivamente por IA.”
Por você estar consumindo esse texto ainda, eu tenho certeza que não.
E é isso que te faz estar na frente dos demais quando falamos sobre criar conteúdo com ou sem Inteligência artificial.
Você entende a necessidade da pesquisa, do olhar estratégico e da parte prática que precisa partir do profissional de marketing.
Como humanizar marcas mesmo com as IA’s?
Como você sabe, as inteligências artificiais são limitadas para criar conteúdo para as mídias sociais ou para blogs como esse aqui.
Isso é um fator importante para você que quer destacar-se em um mercado concorrido, mas jamais saturado, como esse nosso de Social Media.
Existem maneiras de trabalhar para marcas e para sua marca, usando as Inteligências, mas sendo autêntico nas ideias apresentadas para o mundo. Veja algumas aqui embaixo.
Seja o mais original possível na produção
As ideias geradas por inteligência artificial, trás um viés enferrujado para a comunicação, mas você não precisa jogar aquelas ideias fora. Basta reciclar algumas delas para uma adaptação original e coerente para seu segmento.
Cheque os fatos sempre
Muitos nichos como a psicologia e o próprio marketing utilizam dados para apresentar as tendências de ano a ano. Cheque cada uma delas para que você não perca a credibilidade em um conteúdo e, pior ainda, perca a relevância dentro das mídias sociais, já que a grande maioria já consegue identificar notícias falsas, (fake news) quando o conteúdo é postado.
Conte uma história com as informações das Inteligências
Contar histórias para exemplificar situações verdadeiras é um poderoso recurso na hora de reter a atenção das pessoas dentro de plataformas de conteúdo.
Não disse mentir, não disse enganar. Disse contar histórias para exemplificar situações que aconteceram com pessoas que você não quer revelar o nome, por exemplo. E as IA’s fazem esse trabalho muito bem feito para recontar essa história de um jeito bem interessante. Mas não se esqueça de dar o toque humano nessa história.
Mantenha o tom de voz da sua marca
Nunca mude uma comunicação engraçada por conta do que você recebeu de uma IA e vice-versa. Gere ideias e traduza para a maneira que a marca fala nas mídias.
E assim, você consegue trabalhar uma marca de maneira humanizada, mesmo usando uma Inteligência Artificial na sua comunicação.