Como inserir marcas nas discussões das mídias e o caso Stone
Fonte: Exame
Nos últimos dez anos (por baixo) estamos vendo marcas que, até então, não tinham um posicionamento conhecido, por parte das pessoas, participando de conversas no X/Twitter, Instagram e nos blogs.
Mas como o profissional de marketing e o Social Media podem conversar com as pessoas do outro lado da tela dentro das redes sociais, surfando em conversas que acontecem nas plataformas?
As marcas estão trabalhando fortemente para estar presente na vida das pessoas e as mídias sociais são utilizadas para gerar essa aproximação, entendendo melhor como decifrar o comportamento do consumidor.
Este é um trabalho minucioso e muito cauteloso para que essa oportunidade não seja usada como um marketing negativo, assim como aconteceu com o Burguer King em uma das suas últimas campanhas com o mote “Tamanho realmente importa”, que circulou nas mídias sociais. Você pode ver sobre o caso nesta materia do Meio e Mensagem (clique aqui).
Fonte: Meio & Mensagem
No caso do Burguer King, a empresa tem recursos que fazem com que a marca, na campanha seguinte, com o mote “Calvo Drive Thru” se levante perante o ocorrido e torne o episódio da campanha negativa em um ponto obsoleto.
O Mundo do Marketing fez uma matéria para explicar como foi feita a ação (clique aqui e leia a matéria).
Mas, para entrarmos dentro do tema, podemos entender qual a maneira mais simples de utilizar as conversas como fortes canhões de luz para marcas que estão em ambiente digital: O Marketing de oportunidade
Como usar o marketing de oportunidade?
Primeiramente, marketing de oportunidade é criar uma comunicação ou peças publicitárias que surfam em uma conversa momentanea ou em um meme que é do conhecimento do público-alvo de uma marca.
E tudo isso não se aplica apenas a assuntos específicos. O Dia das Mães é um exemplo de marketing de oportunidade, assim como todas as outras datas comemorativas.
Repare que o destaque do parágrafo anterior é saber que o público-alvo está inserido na conversa.
E esse foi o problema do anúncio do Burguer King. As pessoas sabiam quem era o ator com o apelido de Kid Bengala e a associação de sexo a comida, não foi bem aceita pelo público geral.
Para usar o marketing de oportunidade é preciso ter velocidade e criatividade para trabalhar a mensagem com assertividade e no tom certo, no caso de uma conversa que surgiu a pouco tempo.
Fonte: O Fuxico
A K-med, marca que está no guarda-chuva da empresa Cimed, fez uma postagem em seu Instagram quando Carla Diaz, ex BBB, publicou uma foto com seu atual parceiro e deixou o lubrificante à mostra. A marca agiu com agilidade e mostrou uma facilidade para se conectar com sua persona dentro do Instagram.
Esse é apenas um exemplo para se trabalhar com as oportunidades causadas pelas pessoas.
Algumas marcas se inseriram em uma conversa após uma Social Media cometer um erro no carnaval de 2024.
Fonte: Época Negócios
Désirèe Barros, Social Media da empresa Stone, se confundiu durante o carnaval ao esquecer de alterar as contas do seu perfil pessoal com o da empresa.
Ela compartilhou vídeos nos stories, mostrando a folia das pessoas e o que, para muitos seria a demissão da profissional, se tornou um case importante para te contar neste post aqui.
Marcas como Mcdonalds, Serasa e Duolingo entraram na conversa defendendo a permanencia da Dèsirèe na empresa, construindo uma conversa entre elas, e ganhando um olhar dos consumidores que estavam interessados nesta história.
Fonte: X(Twitter)
As mídias sociais precisam ter essas interações sem o formato tradicional de uma propaganda, pelo menos na parte orgânica do conteúdo.
O caso Stone escancarou como a conversa entre marcas e consumidores, alavancam uma oportunidade para comunicar a mensagem da marca dentro de uma nova narrativa.
Como inserir marcas em conversas nas mídias sociais?
Agora vou deixar aqui, alguns pontos e algumas perguntas que é preciso se fazer para que essa conversa seja eficiente.
Primeiro ponto: as perguntas
- A conversa em questão faz sentido para a marca?
- É possível adaptar a conversa a favor da marca?
- A conversa fere alguma pessoa especificamente?
- A mídia social para puxar essa conversa é a que mais temos engajamento?
- Essa conversa pode gerar hate por parte dos consumidores?
- Estamos fazendo uma campanha ou post de maneira natural?
Segundo ponto: as pessoas
- Estamos cientes que essa oportunidade pode ser
tirada de contexto pelas pessoas? - As pessoas estão participando da conversa de que maneira? (positiva
ou negativamente) - Temos os profissionais prontos para gerir uma pequena crise?
Ter essas perguntas respondidas auxiliam no momento em que uma marca pode ganhar visibilidade e alcançar algumas pessoas que, mesmo sendo comsumidor de produtos parecidos, não tinham conhecimento da marca, gerando novas oportunidades futuras.
